Wednesday, June 20, 2007

Frase do dia

"First we take Manhattan, then we take Berlin"

Leonard Cohen

Tuesday, June 19, 2007

Ai a QUERCUS...


A QUERCUS, Associação Nacional de Defesa da Natureza, é uma entidade que merece de mim o maior respeito. Comungo da maioria das suas posições. Parece-me, contudo, que nas grandes questões a sua actuação deixa muito a desejar... É que ser Velho do Restelo é demasiado fácil. O complicado é arriscar alternativas, e ser parte da solução, e não do problema!

Thursday, June 7, 2007

A Turquia, e os seus petizes…

Muito se tem falado ultimamente sobre a Turquia… E não só sobre a sua hipotética entrada para a Comunidade Europeia! É a juventude turca que a alguns inquieta! Investiguei um bocadinho, tentando perceber as possíveis razões para este súbito interesse…

O “Comité da União e Progresso”, normalmente conhecido por “Jovens Turcos”, foi uma facção que, já perto do fim do Império Otomano, em 1908, tomou o poder em Istambul. Este grupo tinha o objectivo de transformar o Império num estado unificado, baseado nos padrões ocidentais. A sua estratégia passou por enfatizar a política secular e o nacionalismo, em detrimento do Pan-Islamismo (movimento religioso e político que procura reunir num só estado todos os povos de religião muçulmana), estimulada pelo líder deposto, o Sultão Abd al Hamid II.

Um conhecido “Jovem Turco” foi Kemal Atatürk, que viria a ser fundador da República da Turquia, em 29 de Outubro de 1923. Apesar de formalmente ter sido instituída uma democracia, Atatürk era, na prática, um ditador, ainda que moderado. Admirador de alguns aspectos da Itália fascista e da Rússia comunista, foi, acima de tudo, um nacionalista turco militante.

Intelectocracia


Intelecto significa "inteligência; entendimento; intelecção; raciocínio". Um intelectual é uma pessoa que usa o intelecto para reflectir, ou estudar acerca de conceitos.

Intelectocracia = Intelecto + cratos (do Gr., significa poder ou governo)

A Intelectocracia mais não é do que o poder entregue aos intelectuais, ou pessoas de grande cultura. Existe apenas no plano teórico, já que nunca foi realmente institucionalizada.

Fontes: Dicionário Priberam; Nova Enciclopédia Larousse; Wikipedia

Saturday, June 2, 2007

Visão n.º 743 - Políticos no Divã


Depois de ler o artigo "Políticos no Divã", publicado na Visão n.º743, de 31 de Maio de 2007, decidi comunicar ao "correio de leitores" desta publicação a minha indignação, especialmente em relação à forma como tentam denegrir a imagem do Primeiro Ministro de Portugal, com base num perfil psicanalítico feito através da "nobre arte da adivinhação".


Transcrevo:


"Exmos. Srs.,

A revista Visão merece-me o maior respeito. Elogio a forma como, ao logo dos anos, tem feito jornalismo de uma forma criteriosa e imparcial. É por isso, que não posso deixar de lamentar a forma como é publicado um artigo em que se traça o perfil psicológico de algumas das figuras políticas mais destacadas do nosso país, e se chega ao cumulo de se afirmar que o Sr. Primeiro Ministro, o Eng.º José Sócrates, “noutro contexto histórico, teria características para ser ditador”, tudo isto, segundo me apercebo, com base na avaliação psicanalítica da imagem pública do Chefe de Governo, o que não me parece ser coerente, até a nível científico.


Atentamente,

Dino M. V. Soares"

ACREDITO NA FERROVIA


Neste momento o Barreiro está, e já desde o início da década de 80, a perder população a um ritmo assustador. Esta cidade, que teve durante muitos anos uma “vida própria” fulgurante, em virtude do seu cariz industrial, está a tornar-se cada vez mais um dormitório de Lisboa, e mesmo ai “perde” para as urbes vizinhas, que contam com acessos que permitem encurtar as distâncias para a Capital. Poucos terão sido os Barreirenses que nunca teceram comparações entre o nosso concelho e o Seixal, Almada ou Montijo, em relação às infra-estruturas rodo e ferroviárias que servem o acesso dos moradores nesses concelhos a Lisboa. E em abono da verdade, a unanimidade de opiniões confirma que “perdemos aos pontos”! Relembro, todos os dias em que fiquei “em terra”, por intempéries ou greves da SOFLUSA, durante o período em que estudei em Lisboa. Não esqueço o clima de crispação e insatisfação, e até o sentimento colectivo de inferioridade, relativamente aos restantes habitantes da grande Lisboa, que tomava conta de todos aqueles que dependiam unicamente do transporte fluvial para chegar aos empregos e às escolas. Eu, e julgo que muitos de nós, nessas alturas, não desejávamos a existência de uma ligação rodoviária mais directa e rápida, mas sim um transporte público que pudesse ser uma verdadeira alternativa aos velhotes barcos azuis, que foram mais recentemente substituídos por modernos Catamarans, o que representou melhorias significativas ao nível do conforto e diminuição do tempo de viagem, mas que têm ainda mais dificuldade em navegar com mau tempo.

É bem verdade que no período antecedeu a construção da Ponte Vasco da Gama, fui um acérrimo defensor da construção dessa segunda travessia a partir do Barreiro. A minha posição assentava essencialmente no seguinte: seria menos dispendioso em termos económicos, e o impacte ambiental poderia ser minimizado relativamente à solução encontrada, visto que em relação ao nosso concelho não se punha, de uma forma tão vincada, a questão do potencial efeito nefasto sobre o ecossistema da Reserva Natural do Estuário do Tejo. Mas a verdade é que essa ponte é hoje uma realidade, e qualquer análise, feita pelo Governo, ou por quem quer seja, não pode ser alheia a esse facto!

Actualmente, será exagerado exigir a construção de uma terceira rodovia sobre o Rio Tejo, numa posição tão próxima às já existentes? Eu digo que sim! Poderia, esta rodovia, vir a ser sinónimo de um desenvolvimento considerável para o Município Barreirense? Eu digo que não! Porque não entendo por desenvolvimento a construção irracional e desenfreada, e especulação imobiliária selvática, que é o que acontece no Montijo, por exemplo. Desenvolvimento está, quanto a mim, directamente relacionado com a qualidade de vida que é possível proporcionar aos cidadãos. Será vantajoso aumentar o número de habitantes à custa de possíveis desastres urbanísticos e ambientais? Aumentar o número de veículos e o volume de gases expelidos por estes automóveis no centro da cidade, conferirá bem estar às nossas gentes, situação que será agravada pela confluência da utilização desta via pelos utentes dos concelhos vizinhos, como Moita e Palmela? Digo novamente que não! Haverá quem alegue que “o desenvolvimento do Barreiro foi feito à custa da implantação de indústria química, responsável por emissões gasosas brutais, e que esse foi um preço que tivemos que pagar”. Mas não é menos verdade que o mundo de lá para cá presenciou um desenvolvimento científico enorme, e com ele a consciência ambiental que não existia. A utilização de transportes públicos é reconhecidamente um comportamento que reduz significativamente as emissões de dióxido de carbono, minimizando, consequentemente, o efeito de estufa.

Por tudo isto, considero que a opção por uma ponte com valência exclusivamente ferroviária, será a solução mais acertada. Acredito que a população do Barreiro é responsável! Acredito que podemos ser um exemplo a nível nacional, de como é possível o desenvolvimento, e a incrementação da qualidade de vida, potenciando a utilização de transportes públicos. Não me esqueço que uma ferrovia, que permita a circulação dos comboios convencionais, dos comboios de mercadorias, e do TGV, poderá vir a ter um papel decisivo da reabilitação da Quimiparque, como parque industrial/empresarial que possa atrair os melhores projectos e investidores, e até constituir-se como uma plataforma logística central no plano regional, ou mesmo nacional, que seriam, sem qualquer dúvida, uma forma de criar mais emprego. Acredito que estas serão as verdadeiras mais valias de uma ligação Barreiro – Lisboa. Dotar a futura ponte de uma componente rodoviária, para além da ferroviária já confirmada, será perder mais uma oportunidade para “pensar global, actuar local”.

Acredito na ferrovia!